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#NosTTs John Galliano



O tribunal de Paris que julgou John Galliano por declarações antissemitas livrou o ex-estilista da Christian Dior da pena de prisão a que ele poderia ter sido sentenciado, e aplicou apenas uma "multa suspensa" de 6 mil euros. A multa não precisará ser paga pelo milionário britânico caso ele cumpra com as determinações judiciais, mas significa que ele foi considerado culpado, o que entrará em seu registro criminal. Galliano não compareceu à audiência que anunciou o veredicto.
Ele foi considerado culpado por "insultos públicos baseados em origem, filiação religiosa, raça ou etnia" devido a dois incidentes em um bar na capital francesa. Durante seu julgamento, ele se defendeu no tribunal atribuindo suas declarações antissemitas a seu triplo vício em álcool, soníferos e Valium.
O estilista terá que pagar mais de 5 mil euros em custas do processo e 1 euro como reparação simbólica aos demandantes no caso. A quantia não representará grandes perdas para o britânico, cuja fortuna é estimada em milhões de dólares.
Embora também tenha se livrado da pena máxima, que previa multa de até 22 mil euros e prisão por seis meses, o estilista já havia sido punido com a perda de seu posto na Dior, onde viveu 15 anos de sucesso. A carreira de Galliano foi posta em xeque depois que um casal denunciou ter sido agredido por ele no café La Perle, em Paris, em fevereiro.
Poucos depois, outra mulher apresentou denúncia semelhante sobre um incidente no mesmo café, em outra data. A divulgação de um vídeo no site do tabloide "The Sun" mostrando Galliano insultando uma cliente do café terminou amplificando as denúncias. Nas imagens, visivelmente bêbado ele dizia "eu amo Hitler".
A Dior terminou demitindo Galliano antes mesmo da divulgação de sua sentença. O tribunal considerou que Galliano tinha consciência suficiente de seus atos apesar de seus vícios, mas amenizou a pena considerando que ele pediu desculpas pelas declarações e mostrou ser tolerante. A Promotoria havia pedido que ele pagasse multa de 10 mil euros.

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