Depois de muita confusão devido a um suposto uso irregular de patrocínio em sua toca, o brasileiro Leonardo de Deus teve sua medalha de ouro de volta no Pan-Americano de Guadalajara nesta segunda-feira (17).
Após surpreender os favoritos e vencer a prova dos 200m borboleta com o tempo de 1m57s92, Leonardo foi surpreendido com a decisão dos organizadores de embargar sua medalha.
Como voltaram atrás, o Brasil garantiu um ouro e um bronze, já que o favorito Kaio Márcio de Almeida terminou em terceiro com a marca de 1m58s78. O americano Daniel Lawrence Madwed completa o pódio com o tempo de 1m58s52.
Foi uma angústia sem tamanho. Leonardo ainda dava entrevistas quando descobriu que tinha sido desclassificado por meio do placar eletrônico. Ele abriu os braços desesperado e foi para o lado de seus colegas, onde chorou.
Depois de passado o problema, Leonardo de Deus ouviu o Hino Nacional, chorou novamente, e desabafou.
- Quiseram tirar a minha medalha, mas o Brasil todo viu que eu bati na frente e sou campeão pan-americano. As adversidades vêm e precisamos superá-las, mas eu sou o campeão.
Cronologia do ocorrido
Depois do placar eletrônico anunciar que Leonardo de Deus tinha sido desclassificado, uma confusão imensa se formou na área das comissões técnicas. O coordenador técnico da seleção, Ricardo de Moura, começou a discutir muito com autoridades da Fina (Federação Internacional de Natação) presentes. O presidente da CBDA, Coaracy Nunes, apareceu para discutir pessoalmente o caso com o presidente da Fina, Julio Maglione.
Alberto Silva, o técnico de Leonardo, ficou indignado. Os treinadores da seleção brasileira estavam enfurecidos e muitos palavrões foram ouvidos. Albertinho gritava:
- Não querem deixar o garoto nadar! Deixem o garoto nadar!
A discussão continuava. Madwed, Kaio Márcio e o colombiano Omar Pinzon, quarto colocado, apareceram para a premiação uniformizados. Eles ficaram cerca de dez minutos parados na porta principal da piscina, mas não foram autorizados a entrar. Em um certo momento, Madwed tirou o uniforme bravo e foi para a piscina de aquecimento. Era o sinal de que Léo seria ouro.
Minutos depois, o placar eletrônico anunciou que Leonardo de Deus ficaria com o ouro. Houve muita comemoração por parte da delegação brasileira. Rapidamente, o brasileiro se uniformizou e foi ao pódio, desabafando em seguida.
- Se o patrocínio na touca era ilegal, tinham que ter visto isso na sala de controle. Há uma pessoa na sala de controle só para isso. Ela me inspecionou e deixou eu competir. Se a pessoa deixou, eu estou livre para competir.
O patrocínio ilegal na touca de Leonardo de Deus era do Mundial de Xangai, mas outros atletas já haviam competido com a mesma touca em Guadalajara, sem problema algum.
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